Eu andei no vale da morte
e só encontrei destruição.
A morte perdeu a piedade por nós
e nos abandonou para apodrecermos
em vida.
Eu andei sob uma noite sangrenta
que ainda guardava a chuva adiada
do verdadeiro dilúvio.
As nuvens de chuva à noite são vermelhas
Alaranjadas e não de chumbo
eu andei pela noite esperando a chuva
mas o sol sempre resplandece
e esta certeza nos desvanece a vida:
a esperança nos escraviza
como formigas sem rainha
ficaremos ao relento de um sol
carnívoro.
O fim nunca é um redentor
que nos fulmina piedosamente.
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